quarta-feira, 19 de outubro de 2016

A HISTÓRIA DOS UNIFORMES MILITARES.

O uniforme militar é um dos símbolos oficiais das forças armadas, ele é padronizado de acordo com cada instituição que zela pela defesa da pátria. Essa vestimenta é regulamentada e representa o profissional militar. As fardas refletem valores, tradição, solidifica a hierarquia e a disciplina e confirma a postura de autoridade de quem pode usar este uniforme.
A história dos uniformes e a adaptação com o tempo
Os exércitos organizados durante a Idade Moderna eram idealizados para demonstrar o poder econômico dos países. Os uniformes eram confeccionados com tecidos em cores vibrantes e acessórios pouco indicados para batalhas, como sapatos com fivelas e acessórios fixados nos grandes casacos. Esse tipo de roupa deixava os soldados vulneráveis durante as lutas. Com o passar dos anos as fardas militares foram sendo adaptadas para proteger os soldados com tecidos em cores mais neutras que pudessem ser facilmente camufladas entre as florestas e terrenos durante as missões.
Padrões de camuflagem
Os tecidos camuflados surgiram para que os soldados pudessem avançar nas matas e campos de batalha de forma mais eficiente. A mistura de cores e formatos são aplicadas para que haja semelhança entre a vegetação e a farda, e com isso o soldado siga sua estratégia despercebido pelo exército inimigo.
As camuflagens podem misturar três ou quatro cores ou a farda pode ter apenas uma, como é o caso dos uniformes de quem combate no deserto e áreas secas. Cada região cria seu padrão, de acordo com o terreno onde atua.
Tipos de uniformes militares
Contudo, nem tudo é batalha nas forças armadas. As missões possuem os oficiais que comandam as ações e não estão em campo. Além disso, existem ocasiões que pedem fardas mais elaboradas, por isso os uniformes são classificados em cinco categorias:
·         Uniformes de gala – Esses modelos são usados em grandes solenidades;
·         Uniformes solenes – Roupas usadas em solenidades de menor importância;
·         Uniformes de passeio – Modelos usados fora de serviço;
·         Uniformes de serviço – São as fardas usadas em serviço, instrução e campanha;
·         Uniformes de educação física – Quando os oficiais praticam atividades esportivas.
Além dessas categorias existe ainda uma classificação especial, constituída por uniformes históricos, fardamentos exclusivos de representação ou para atividades que exijam vestimentas especiais (aviação, hospitais, resgate e socorro).
Roupas oficiais
No Brasil a vestimenta oficial das forças armadas só pode ser usada por quem faz parte da corporação, para quem prática modalidades esportivas de simulação militar, como o Air Soft, pode usar roupas com padrão de camuflagem diferentes da oficial do Exército Brasileiro. As roupas camufladas para quem pratica esse tipo de atividade podem ser inspiradas em modelos de camuflagem de outros países, ou ainda toda preta. Os acessórios, como coturnos, boinas, porta objetos e muitos outros elementos também são de uso liberado para quem prática o AirSoft.
Você gosta do universo militar e procura roupas e acessórios para a prática de alguma atividade? Conte para gente através dos comentários!
21.12.2015

O objetivo de uma farda camuflada é mesclar o usuário no ambiente em que se encontra. Para isso, o padrão escolhido deve estar presente não só na vestimenta propriamente dita, mas também nos equipamentos (capacetes, a superfície do fuzil, a bainha da faca, botas, mochilas etc.) formando um conjunto completo e eficaz.
Independente do país, os padrões de camuflagem ainda seguem alguns princípios básicos e você nunca verá um soldado utilizando uma vestimenta para deserto em um campo nevado (com exceção de situações inesperadas, claro).
Hoje vamos apresentar os cinco padrões de camuflagem mais utilizados no mundo.
1 .Multicam
Substituiu o padrão Universal (UCP) desenvolvido em 2005 e utilizado na Guerra do Iraque e do Afeganistão. Essa substituição se deu por conta de reclamações dos soldados que afirmavam que o padrão Universal tinha baixo desempenho em combate. O multicam também recebe o nome de OCP (Operation Enduring Freedom Camouflage Patterns ou Padrão de Camuflagem da Operação Liberdade Estável)
Sua possibilidade de uso em ambientes variados, que engloba diversos cenários (deserto, urbano, vegetação) e estações do ano, tornou esta camuflagem o tipo do padrão oficial das tropas norte americanas na guerra do Afeganistão em 2010. É formado pela combinação de sete tons de marrom e verde, indo do claro ao escuro para abranger os mais diversos cenários. Também pode ser chamado de um padrão de transição.
Algumas curiosidades: esta vestimenta é tratada com produtos químicos capazes de prevenir doenças transmitidas por insetos e seu material é capaz de resistir a queimaduras de segundo grau. É utilizada também pela Serviço Russo de Segurança Federal e pelo Serviço Especial Aéreo Australiano.
2. Black
Este é o padrão das chamadas “black-ops” (black operations). São usadas por oficiais que realizam operações especiais em ambientes de alto risco geralmente executas a noite, servindo para mesclar o usuário com a escuridão. É toda negra, do equipamento à vestimenta, e possui algumas manchas verde-escuro de acordo com a localização do combate.
Além disso, nas operações especiais, como o próprio nome já diz, medidas especiais devem ser tomadas. Isso significa que por vezes o uso de autoridade para interrogatórios e um certo temor no inimigo devem estar presentes, e são comumente associados ao uso das fardas negras.
Um caso clássico no Brasil é o BOPE, que faz uso desse padrão para inspirar medo, autoridade e também privilegiar a camuflagem, já que grande parte de suas ações são realizadas a noite ou de madrugada.
3. Deserto
Operações em desertos ou em regiões áridas e semiáridas requerem padrões especiais de camuflagem. As vestimentas devem se mesclar com as rochas e com os largos campos arenosos. Como dificilmente uma operação é tomada exclusivamente no deserto, a utilização do padrão multicam/OCP é mais recomendado.
Este padrão é formado por uma mescla de tons de marrom claro e verde claro, caso a zona de combate possua vegetação.
4.Tropical
Recomendado para florestas densas e áreas com vegetação abundante que permanece inalterada mesmo com mudanças sazonais. É um conjunto que utiliza algumas partes do padrão universal e outras partes únicas, mas com tons de verde escuro e verde claro.
Aqui cabe ressaltar o desenvolvimento tecnológico alcançado pela Força Aérea Brasileira. No ano de 2011 ela desenvolveu um padrão para uso em florestas que, além de ser difícil de ver a olho nu, também é quase imperceptível de ser focalizado por sistemas de visão infravermelho ou óculos de visão noturna.
5. Alpino
Padrão de camuflagem utilizada em locais com pouca vegetação e bastante neve. Também tem seus equipamentos complementares alterados de acordo com a quantidade de neve do terreno de combate. É composto de tons de cinza e branco, e às vezes verde, de acordo com a vegetação do local.
Cabe ressaltar que não é apenas a cor das roupas que é alterado nesta camuflagem. A espessura e o material da vestimenta devem proteger o portador das intempéries e impedir que a umidade causada pela neve derretida cause problemas aos equipamentos.

Contudo, cabe lembrar que não é apenas a roupa que você está vestindo que torna uma camuflagem eficiente. O modo como você se movimenta no ambiente e sua interação com os objetos do meio são fundamentais para uma boa ação.

terça-feira, 18 de outubro de 2016

FARDAMENTO MILITAR É PERMITIDO NO AIRSOFT?

FARDAMENTO MILITAR É PERMITIDO NO AIRSOFT?
Quando entramos no airsoft, buscamos sempre o máximo de realismo possível. E uma das primeiras coisas que fazemos é comprar um fardamento militar para ficarmos o mais parecido possível com nossos heróis.
Porém, depois de comprar aquela bela farda do Exército Brasileiro, ou mesmo da Marinha e/ou Aeronáutica, a gente vê o pessoal comentando em grupos de airsoft que este tipo de veste não é permitida.
Mas será verdade? Para responder essa pergunta, buscamos a resposta junto às leis de nosso país, e o que encontramos foi definitivo: REALMENTE NÃO PODE!
Lei nº 6.880, de 9 de dezembro de 1980, que dispõe sobre o estatuto dos militares, e sancionada pelo Presidente da Republica na época, em seus artigos 76 e 79 deixam claro a proibição à este uso.
Segue transcrição parcial dos artigos:
Art. 76. Os uniformes das Forças Armadas, com seus distintivos, insígnias e emblemas, são privativos dos militares e simbolizam a autoridade militar, com as prerrogativas que lhe são inerentes.
Parágrafo único. Constituem crimes previstos na legislação específica o desrespeito aos uniformes, distintivos, insígnias e emblemas militares, bem como seu uso por quem a eles não tiver direito.
Art. 79. É vedado às Forças Auxiliares e a qualquer elemento civil ou organizações civis usar uniformes ou ostentar distintivos, insígnias ou emblemas que possam ser confundidos com os adotados nas Forças Armadas.
Parágrafo único. São responsáveis pela infração das disposições deste artigo, além dos indivíduos que a tenham cometido, os comandantes das Forças Auxiliares, diretores ou chefes de repartições, organizações de qualquer natureza, firmas ou empregadores, empresas, institutos ou departamentos que tenham adotado ou consentido sejam usados uniformes ou ostentados distintivos, insígnias ou emblemas que possam ser confundidos com os adotados nas Forças Armadas.
Além disso, existe a tipificação do crime no CPM(Código Penal Militar), no artigo 172:
Art.172. Usar, indevidamente, uniforme, distintivo ou insígnia militar a quem não tenha direito – Pena: detenção, até 6 meses. 
(No final do texto, deixaremos a fonte para melhor apreciação da lei).
Por isso, mesmo que em áreas privativas, não devemos usar este tipo de fardamento.
Primeiro por que somos praticantes de airsoft, e honramos nossas leis e temos orgulho de nossos militares. Por isso, não fazemos nada que desabone esta honra e orgulho.
Além disso, precisamos sempre ter por bom senso. O nosso esporte já tem um certo tipo de preconceito. Precisamos de muita responsabilidade ao praticá-lo. E não podemos dar brechas e motivos para nos limitarem ainda mais.
A solução para a busca do Milsim é  usar fardas de outros exércitos, como a Marpat Digital, Woodland, entre varias outras.
Então, se quer realmente ser um jogador de airsoft, faça sempre o certo, e não busque dar aquele “jeitinho”, ele não é bem-vindo no airsoft!
A Honra faz o Jogador!

SOBRE O FARDAMENTO MILITAR NO AIRSOFT.
Tenente Coronel MarçaL Paiva e Filho | 
Importante ressaltar que não é crime o uso , porem sim , a forma que se usa. o exercito não tem Nada contra o uso , desde que seja para fins lícitos.
no caso de airsoft , havendo uma associação esportiva , tudo certinho não vemos problemas , ate nos sentimos honrados. quanto a lei em questão é especifica para estelionatários o que não e o caso. Podem ficar tranquilo ninguém sera preço por usar de forma correta o “uniforme “. desde que não passem por militares.